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domingo, 12 de junho de 2011

Feijoada ou petit gateau?

Preferências gastronômicas e futebolísticas têm um ponto em comum: cada um tem a sua. Dizem que gosto não se discute, mas tem time por ai cozinhando demais e dando desgosto à torcida, como se cada jogo precisasse ser um sofrimento, ainda que o resultado final seja a vitória ou um empate conquistado com muito esforço.
Neste início de Brasileirão, já dá pra ver duas diferentes receitas preparadas por “chefs de banco”. Uma delas põe no prato o meio-campo e o ataque com o estilo “feijoada” de jogar. Pode até ter ingredientes saborosos, mas com o passar do tempo e a bola rolando o time vai ficando lento e pesado.
O discurso de quem adota essa estratégia é sempre o mesmo. Técnico e jogadores afirmam que só precisam “de uma bola” ou “da bola do jogo”. O lance, quando acontece, vem de uma jogada individual ou de uma bola parada.
É geralmente um time esforçado e aguerrido, mas as alegrias que dá são em troca de azia, mal-estar, gastrite e às vezes uma descontrolada dor de barriga.
O outro estilo é envolvente e dá gosto de ver. Parece um petit gateau: é tão delicioso que chega uma hora em que você não sabe se é bolo com sorvete ou sorvete com bolo. O meio-campo e o ataque viram uma coisa só, devastadora.
O time petit gateau dá água na boca e também pode gerar desconfortos estomacais... Nos adversários.
As duas receitas se misturam na parte de cima da classificação e ainda não dá pra saber quem vai saciar a fome de título da torcida. Com raras exceções, nossos times estão mais para feijoada do que para petit gateau. Mão no estômago pra cantar o hino!

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