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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Brazilian Team? Squadra Brasiliana? Selección Brasileña?

As cenas de fãs histéricas, longas filas em busca de ingressos e agitação da torcida com a presença da Seleção Brasileira em Goiânia parecem estranhas nos dias de hoje.
Viajei no pensamento para 1974, tempo difícil na política nacional. Entre os garotos da minha classe, todos com dez anos, havia uma disputa a cada convocação. Queríamos saber quantos eram do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo e do Santos para ver quem estava em vantagem para poder gozar os demais.
Nossos craques jogavam e desfilavam por aqui mesmo e pareciam estar mais próximos da realidade do país. Hoje estão distantes e voltam como “turistas” ou quando a carreira lá fora desanda. Ou então adiam a saída por causa da Copa na terrinha.
Não vou entrar numa discussão social, econômica e até da politicagem do futebol globalizado. Com boas propostas do exterior, o negócio é ir embora mesmo.
A quase ausência do time amarelo aqui desperta reações como as de Goiânia. O torcedor está acostumado a ver o Brazilian Team, a Squadra Brasiliana ou a Selección Brasileña, mas a Seleção Brasileira é praticamente uma novidade.
Tem gente que diz que a CBF tem “um braço” que opera como uma espécie de “agência de turismo”. Então, será que não daria pra arrumar umas viagens pra cá com mais frequência?
Tive mais uma prova desse distanciamento ao ver o espanto do meu filho, de oito anos, ao acompanhar uma reportagem em que o time pátrio foi chamado por um estranho apelido. “Pai, o que é Seleção Canarinho?”. É aquela, do Brazil!

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