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terça-feira, 24 de abril de 2012

A caixa-preta verde


Muito curiosa a "discussão" para desviar a atenção que se instalou depois da eliminação do Palmeiras pelo Verdão (Guarani) no Paulistão. E também repetitiva. A culpa é do técnico? Felipão pode não ser um doce, nem 100% simpático, mas será que é o grande culpado mesmo? Nomes de peso como Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho também não trouxeram os tão sonhados títulos nos últimos anos, exceção feita ao Paulista de 2008, com Luxemburgo. 
O buraco é mais em cima. A incompetência vem de quem dirige sem planejar. Ou será que planeja demais para atender qualquer outro interesse, menos o do clube? E isso vem de várias gestões, a ponto de ter gente com "saudade" de Mustafá Contursi, que não aparece, mas manda. (Pausa para bater três vezes na madeira mais próxima). 
O grande dilema da ex-Academia é ficar entre dirigentes "amadores" e "profissionais demais". Amam a ponto de chutar a razão para escanteio. E são "profissas" para esconder suas verdadeiras razões. A caixa-preta está lá. Vão esperar o avião cair para abrir? O acerto da rota precisa começar por um piloto que saiba transformar a lealdade em padrão.
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Passei um tempo ausente neste espaço para me dedicar às mudanças de um novo projeto profissional. Espero conseguir passar por aqui com mais frequência. Estou diariamente, das 6 às 10 da manhã, na Rádio Estadão ESPN, em FM 92,9, AM 700 ewww.estadaoespn.com.br, ao lado da Mia Bruscato e do Elder Ferrari.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Orquestra Palestra

Ninguém precisa comentar ou se apressar para desmentir porque esta não é uma informação. Ainda não consegui me transformar em mosca para ouvir conversas obscuras e nem em vidente para ler maus pensamentos. Também não é uma pura e simples cornetada que pode virar jura de amor depois de uma vitória. É só uma percepção e nada mais. Vendo o Palmeiras jogar contra o Atlético Goianiense neste domingo (e aqui o “jogar” é uma força de expressão), ficou claro para mim que está em andamento a “Operação Derruba Felipão”. É nítido, para quem quiser enxergar, que, ao contrário das passagens anteriores dele pelo Palmeiras e pela Seleção, desta vez não existe nenhuma “famiglia” formada. Está em curso a lei do menor esforço porque os participantes da orquestração sabem que, de um jeito ou de outro, o salário vai continuar pingando na conta pelo menos até o fim do ano. O ápice do descaramento coletivo foi a insistente troca de passes na defesa enquanto o técnico berrava e gesticulava para o time (e “time” aqui também é força de expressão) ir à frente, já que tinha dois jogadores (“jogadores", outra força de expressão) a mais. Isso ficou tão claro que até um comentarista esportivo de oito anos que tenho lá em casa percebeu e não entendeu. Fui um mau pai. Da próxima vez, vou tirar as crianças da sala!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

De volta ao rádio paulistano

Neste mês de setembro, inicio uma nova etapa profissional. Estou de volta ao rádio paulistano, com muita alegria e disposição para fazer o que mais gosto. Minha nova casa é a Estadão ESPN, onde já nos primeiros contatos encontrei um projeto estimulante e um ambiente que me é muito familiar, com a presença de bons companheiros de outras jornadas pelo rádio.
A partir do dia 05, estarei diariamente na apresentação do Estadão no Ar 2ª edição, das 13 às 14 horas, e do Estadão no Ar 3ª edição, das 18 às 20 horas, tentando fazer um jornalismo que respeita a inteligência do ouvinte.
Sou grato a todos vocês pelas manifestações que tenho lido e ouvido depois de ter deixado o Grupo Bandeirantes, uma boa casa na qual tive a oportunidade de trabalhar por 12 anos e fazer amigos, a exemplo do que havia ocorrido nos 7 anos de CBN/Globo, outra grande casa também.
Agora terei novamente a oportunidade de retribuir o apoio por meio do veículo que nos aproximou. Vamos nos falar pelo rádio. Espero poder reencontrá-los em FM 92,9 e AM 700.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O vira-casaca "do bem"

Nós, jornalistas, somos craques em contribuir para a proliferação de notícias pegajosas, capazes de gerar polêmicas (às vezes falsas polêmicas). Depois de lançada a “bomba”, vem a repercussão, a repercussão da repercussão, a repercussão da repercussão da repercussão...
Assim está sendo com a ficha do “palmeirense” Kleber como sócio da Gaviões da Fiel quando tinha 18 anos. E daí? É curioso e nada mais, mas vai render pelo menos até domingo, dia do clássico Palmeiras x Corinthians. Já dá pra imaginar os coros “espontâneos” que as torcidas organizadas devem estar preparando, cheias de palavras terminadas em “ão”, numa riqueza de rimas em profusão.
Enquanto isso, outro “vira-casaca” parece ainda não ganhar o devido destaque e a merecida repercussão. Estou entre os que torceram o nariz para a eleição de Romário como deputado federal no ano passado. Que atire a primeira pedra quem não pensou que ele só ganhou votos por causa da fama, que ficaria mais perdido do que atacante isolado no meio de três zagueiros brucutus e que seria “pau mandado” do dono da CBF.
Pois, até agora, ele não vestiu essa camisa de “peixe” do Ricardão. Sim, é lógico que o deputado Romário tem declarado apoio à Copa e à Olimpíada no Brasil. Apesar disso, ele não se coloca em impedimento para cobrar transparência na execução dos projetos e demonstrar preocupação com as pessoas que serão prejudicadas pelas obras. Ainda tem muito jogo pela frente e não dá pra saber se Romário será o melhor em campo na Câmara dos Deputados, onde há “reis do drible”. Mas já dá pra ensaiar um grito de guerra, digno da criatividade das organizadas: “Não é mole não, o Baixinho é um deputadão!”.

domingo, 31 de julho de 2011

Sábado à noite, ainda sem muitos embalos

O Canindé foi o palco de um jogo quente neste sábado: Palmeiras 3 x 2 Atlético-MG. A partida teve emoção até o final e um bom e barulhento público, de quase 10 mil pessoas. Mas isso ainda não é suficiente para dizer que o futebol no novo horário de sábado, às 9 da noite, já embalou.
Dos dez jogos realizados até agora no momento em que mulheres românticas devem estar “adorando”, somente o de ontem e mais dois tiveram em torno de 10 mil presentes: São Paulo 1 x 0 Figueirense e Atlético-PR 0 x 0 Avaí. Não dá para considerar os quase 18 mil torcedores de Vasco 1 x 1 Figueirense porque nesse jogo a torcida foi ver o Vasco que acabava se ser campeão da Copa do Brasil e não o Vasco do Campeonato Brasileiro. Foi também receber com festa o ídolo Juninho Pernambucano, que estava de volta, mas ainda não em campo.  
Depois, no ranking dos que não tinham coisa melhor para fazer num sábado à noite (né benhê?), aparecem os 7 mil que foram ver Figueirense 2 x 0 Atlético-GO.
Os outros cinco jogos (exatamente a metade) tiveram público parecido, em torno de 5 mil testemunhas. Foi assim com Santos 1 x 1 Internacional, América-MG 1 x 1 Cruzeiro, Cruzeiro 2 x 1 Coritiba, Santos 2 x 1 Atlético-MG e Flamengo 1 x 1 Ceará. Nem o time da maior torcida do Brasil conseguiu ver a casa cheia num sábado à noite.
Ainda é cedo para saber se o novo horário vai pegar. Mas já dá para ver que até entre os artistas do espetáculo tem gente que prefere outro tipo de embalo. Os flamenguistas Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho e o palmeirense Kleber não esconderam que forçaram o terceiro cartão amarelo nos jogos que antecederam os de sábado à noite. Havia coisa melhor a fazer, como, por exemplo, partir para o ataque.

domingo, 24 de julho de 2011

Justiças e injustiças com os pés

O futebol não é um esporte para se fazer justiça com os próprios pés, mas às vezes cria situações que parecem compensar injustiças. Em outras, decreta sentenças que contradizem tudo que foi visto em campo. Este fim de semana teve um pouco de tudo.
No sábado, o São Paulo bombardeou o Atlético-GO. Só que faltou a goleada e acabou em 2 a 2. O lado bom foi que o craque Rivaldo não se rendeu a dancinhas criadas “espontaneamente” e comemorou do jeito dele.
Mais tarde, mas ainda no sábado, o Flamengo ficou no 1 a 1 com o Ceará. Uma partida fácil, pelo menos na visão da dupla Thiago Neves/Ronaldinho Gaúcho. Eles forçaram o terceiro amarelo contra o Palmeiras porque era melhor pagar a suspensão na “moleza” que seria o joguinho contra o Ceará e enfrentar zerados adversários mais “difíceis”. Mesmo sem gols, os dois cumpriram direitinho o papel de João Bobo.
Já no domingo, três jogos que poderiam ter terminado em empate. O Corinthians perdeu a invencibilidade para o Cruzeiro, apesar das boas chances de gol que teve. O Atlético-MG foi derrotado pelo Vasco por 2 a 1, com um pênalti inventado para o adversário no final. E o Palmeiras tomou de 1 a 0 do Fluminense, jogo que de tão ruim merecia um placar com dois zeros. O Flu teve um gol anulado por impedimento que não existiu. Com certeza, teve palmeirense achando que foi uma “compensação” pelo gol anulado do Obina contra o mesmo adversário, em 2009.
Mas a grande “justiça” veio da Copa América: 3 a 0 para o Uruguai contra o Paraguai. Um time que chegou à final com cinco empates não podia ser campeão. Não deveria nem ser vice. Foi um Paraguai sem peito durante todo o torneio. A não ser, justiça seja feita, pelas torcedoras “espontâneas” nas arquibancadas. Elas deixaram todos com cara de João Bobo.

domingo, 17 de julho de 2011

Não ganhamos nem no peito

A Copa América acabou para a Seleção. Apesar do resultado negativo, a competição foi boa para nos trazer algumas certezas.
Uma delas é que ninguém é bobo, a não ser aquele que se julga superior aos demais. O talento brasileiro existe, mas já não faz tanta diferença num futebol tão globalizado e banalizado. Todo mundo se conhece.
Também já deu para perceber que Mano Menezes ainda não encontrou o time ideal e pelo jeito vai continuar a fazer muitos testes, inclusive com a paciência do torcedor.
Outra certeza é que o time brasileiro fica a maior parte do tempo com a bola, cria e perde muitas chances de gol, mas não tem muita objetividade para atacar.
Descobrimos também, sem nenhuma dúvida, a principal jogada ensaiada desta Seleção. É a triangulação “criamos mais chances do que eles”, “o campo era muito ruim” e “decisão por pênaltis é loteria”.
Mais uma constatação incontestável: não vamos ver agora o esperado confronto entre Messi e Neymar. Talvez fique para o Mundial de Clubes, no fim do ano, se o penteado do brasileiro ainda estiver no Santos.
E assim os grandes craques poderão voltar para casa na Itália, na Espanha, na Inglaterra, na Ucrânia, em Portugal e na Turquia. Ah, no Brasil também.
Enfim, pelo menos até agora, foi uma Copa América com mais gente de peito nas arquibancadas do que dentro de campo. Com certeza, ainda que siliconados!