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domingo, 31 de julho de 2011

Sábado à noite, ainda sem muitos embalos

O Canindé foi o palco de um jogo quente neste sábado: Palmeiras 3 x 2 Atlético-MG. A partida teve emoção até o final e um bom e barulhento público, de quase 10 mil pessoas. Mas isso ainda não é suficiente para dizer que o futebol no novo horário de sábado, às 9 da noite, já embalou.
Dos dez jogos realizados até agora no momento em que mulheres românticas devem estar “adorando”, somente o de ontem e mais dois tiveram em torno de 10 mil presentes: São Paulo 1 x 0 Figueirense e Atlético-PR 0 x 0 Avaí. Não dá para considerar os quase 18 mil torcedores de Vasco 1 x 1 Figueirense porque nesse jogo a torcida foi ver o Vasco que acabava se ser campeão da Copa do Brasil e não o Vasco do Campeonato Brasileiro. Foi também receber com festa o ídolo Juninho Pernambucano, que estava de volta, mas ainda não em campo.  
Depois, no ranking dos que não tinham coisa melhor para fazer num sábado à noite (né benhê?), aparecem os 7 mil que foram ver Figueirense 2 x 0 Atlético-GO.
Os outros cinco jogos (exatamente a metade) tiveram público parecido, em torno de 5 mil testemunhas. Foi assim com Santos 1 x 1 Internacional, América-MG 1 x 1 Cruzeiro, Cruzeiro 2 x 1 Coritiba, Santos 2 x 1 Atlético-MG e Flamengo 1 x 1 Ceará. Nem o time da maior torcida do Brasil conseguiu ver a casa cheia num sábado à noite.
Ainda é cedo para saber se o novo horário vai pegar. Mas já dá para ver que até entre os artistas do espetáculo tem gente que prefere outro tipo de embalo. Os flamenguistas Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho e o palmeirense Kleber não esconderam que forçaram o terceiro cartão amarelo nos jogos que antecederam os de sábado à noite. Havia coisa melhor a fazer, como, por exemplo, partir para o ataque.

domingo, 24 de julho de 2011

Justiças e injustiças com os pés

O futebol não é um esporte para se fazer justiça com os próprios pés, mas às vezes cria situações que parecem compensar injustiças. Em outras, decreta sentenças que contradizem tudo que foi visto em campo. Este fim de semana teve um pouco de tudo.
No sábado, o São Paulo bombardeou o Atlético-GO. Só que faltou a goleada e acabou em 2 a 2. O lado bom foi que o craque Rivaldo não se rendeu a dancinhas criadas “espontaneamente” e comemorou do jeito dele.
Mais tarde, mas ainda no sábado, o Flamengo ficou no 1 a 1 com o Ceará. Uma partida fácil, pelo menos na visão da dupla Thiago Neves/Ronaldinho Gaúcho. Eles forçaram o terceiro amarelo contra o Palmeiras porque era melhor pagar a suspensão na “moleza” que seria o joguinho contra o Ceará e enfrentar zerados adversários mais “difíceis”. Mesmo sem gols, os dois cumpriram direitinho o papel de João Bobo.
Já no domingo, três jogos que poderiam ter terminado em empate. O Corinthians perdeu a invencibilidade para o Cruzeiro, apesar das boas chances de gol que teve. O Atlético-MG foi derrotado pelo Vasco por 2 a 1, com um pênalti inventado para o adversário no final. E o Palmeiras tomou de 1 a 0 do Fluminense, jogo que de tão ruim merecia um placar com dois zeros. O Flu teve um gol anulado por impedimento que não existiu. Com certeza, teve palmeirense achando que foi uma “compensação” pelo gol anulado do Obina contra o mesmo adversário, em 2009.
Mas a grande “justiça” veio da Copa América: 3 a 0 para o Uruguai contra o Paraguai. Um time que chegou à final com cinco empates não podia ser campeão. Não deveria nem ser vice. Foi um Paraguai sem peito durante todo o torneio. A não ser, justiça seja feita, pelas torcedoras “espontâneas” nas arquibancadas. Elas deixaram todos com cara de João Bobo.

domingo, 17 de julho de 2011

Não ganhamos nem no peito

A Copa América acabou para a Seleção. Apesar do resultado negativo, a competição foi boa para nos trazer algumas certezas.
Uma delas é que ninguém é bobo, a não ser aquele que se julga superior aos demais. O talento brasileiro existe, mas já não faz tanta diferença num futebol tão globalizado e banalizado. Todo mundo se conhece.
Também já deu para perceber que Mano Menezes ainda não encontrou o time ideal e pelo jeito vai continuar a fazer muitos testes, inclusive com a paciência do torcedor.
Outra certeza é que o time brasileiro fica a maior parte do tempo com a bola, cria e perde muitas chances de gol, mas não tem muita objetividade para atacar.
Descobrimos também, sem nenhuma dúvida, a principal jogada ensaiada desta Seleção. É a triangulação “criamos mais chances do que eles”, “o campo era muito ruim” e “decisão por pênaltis é loteria”.
Mais uma constatação incontestável: não vamos ver agora o esperado confronto entre Messi e Neymar. Talvez fique para o Mundial de Clubes, no fim do ano, se o penteado do brasileiro ainda estiver no Santos.
E assim os grandes craques poderão voltar para casa na Itália, na Espanha, na Inglaterra, na Ucrânia, em Portugal e na Turquia. Ah, no Brasil também.
Enfim, pelo menos até agora, foi uma Copa América com mais gente de peito nas arquibancadas do que dentro de campo. Com certeza, ainda que siliconados!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A hora do sabão


O Palmeiras vai ter alguns treinos fechados até o jogo contra o Flamengo, que foi adiado para a próxima quarta-feira. Os resultados de tanto mistério poderão ser conferidos em breve. Não necessariamente com táticas inovadoras, jogadas ensaiadas, variações para surpreender o adversário ou novidades na escalação.
Os treinos fechados serão decisivos para uma atividade muito mais importante, chamada nos meios futebolísticos de “lavagem de roupa suja”. O procedimento é muito bom para limpar, torcer, enxaguar e centrifugar certas crises. O técnico Felipão já demonstrou em outras situações esse talento de “lava roupa todo dia, que agonia”. Cabe a ele, de novo, comandar a operação depois do amontoado de roupa suja do caso Kleber.
Falando em comandar, talvez seja o caso de aproveitar a lavanderia para uma reflexão enquanto a roupa seca no varal. Depois de todo o rolo, com o jogador e a diretoria do clube competindo para ver quem se sujava mais com molho de macarrão, ainda há clima para Kleber seguir defendendo o time? E se continuar, ele estaria apto a ser mantido como capitão?
Marcos Assunção, que é o “segundo capitão”, já deu a entender que não. Ele disse que os problemas devem ser resolvidos internamente, cara a cara. E ainda soltou um “homem é assim”.
Melhor seria se a braçadeira voltasse para Marcos, uma solução menos sujeita a contestações. Afinal, capitão não é só aquele que escolhe um dos lados da moedinha antes do jogo começar.
Os treinos fechados do Palmeiras vão mostrar se os jogadores estarão fechados mesmo em torno de algum objetivo. É bom reforçar o estoque de sabão em pó.

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Gladiador 2", queimando o filme

Está em cartaz no Cine Palmeiras o filme “Gladiador 2”. A história tem início no reinado de Gonzagus Belluzzus. O grande imperador traz o general-atacante Kleberus Gladiador para ser o comandante das batalhas contra impiedosos adversários.
Ele é recebido com uma grande festa e chega num belo cavalo verde de quatro rodas. Mas o reinado de Gonzagus Belluzzus termina e Arnaldus Tironius assume o trono.
Com o passar do tempo, Kleberus Gladiador descobre que Magus Valdivius e Cabeludus Lincolnus ganham mais do que ele e sente-se traído. O combinado era que o general só teria lucros inferiores aos do guardião Marcus, um santo do reino. Na mesma época, o Império Flamengus tenta seduzi-lo com propostas tentadoras.
Começa então uma terrível batalha. De um lado, Kleberus Gladiador diz que quer ficar, mas pede para ser valorizado. De outro, Arnaldus Tironius e seu vice-rei Robertus Frizzus alternam caras de sim e de não.
Para piorar a situação, Kleberus Gladiador descobre que além da dor no bolso tem também uma dor na coxa. É o sinal de mais uma disputa, desta vez entre o general-atacante e o Departamentus Medicus do reino.
O final da história é imprevisível, mas quem assiste fica com cara de tontus e com a sensação de que todos estão mentindus. Ave!

sábado, 9 de julho de 2011

Seleção Medonha

Da crônica esportiva ao torcedor mais desinteressado, todos sempre pregaram que o futebol brasileiro impõe respeito e desperta medo nos adversários. Era só aparecer algum time mais ousado que logo algum comentarista dizia que não se podia jogar daquele jeito contra a Seleção. E quando a Canarinho reagia era a satisfação geral da turma do “eu não disse?”, como se a outra equipe estivesse pagando o preço pela “afronta”.
Já faz tempo que o tempo se encarregou de desmentir isso e teve gente que demorou pra perceber e que até insiste na ladainha. Não é um empatezinho no final e nem uma reviravolta com o título da Copa América que vão tirar nosso futebol da nova realidade. Os adversários perderam o medo do Brasil. E que bom que isso aconteceu!
O Paraguai não tem medo do Brasil e merecia a vitória neste sábado. A Argentina não tem medo, o Uruguai também não, nem o Chile... Ninguém precisa ter medo do Brasil mais. Nem a Venezuela! O futebol se globalizou e se banalizou.
Então, o Brasil, sim, é que precisa ter medo do Brasil. Medo do Brasil que se julga superior e que vai resolver o jogo quando quiser. Ainda bem que a TV, pelo menos, mostrou imagens da Larissa Riquelme no estádio. Placar “moral”: 3 a 2 para o Paraguai!

domingo, 3 de julho de 2011

Seleção Beleza

Finalmente tivemos a chance de ver uma apresentação digna do futebol brasileiro. Nossa Seleção demonstrou atitude e teve rapidez no raciocínio e nas ações. O time foi muito ofensivo, principalmente no segundo tempo.
Foi uma atuação envolvente, que engoliu o adversário em todos os setores do gramado. As trocas de passes foram perfeitas, demonstrando segurança e autoridade.
A ligação entre o meio e o ataque foi eficiente e resultou em vários lances de perigo. Os dribles eram sempre objetivos e em direção ao gol, sem exageros ou firulas.
Praticamente não corremos riscos em nenhum momento. A defesa, quando exigida, também demonstrou precisão e não se intimidou, atuando com muita seriedade.
Parecia jogo de Copa do Mundo. E não é que era mesmo? Brasil 3 x 0 Noruega. Classificação garantida para a próxima fase da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na Alemanha.
Parece que houve outra partidinha neste domingo. Ah, sim, foi a do nosso time masculino, que não saiu do zero a zero contra a Venezuela pela Copa América. O que mais chamou a atenção no jogo foram os penteados de Neymar, Robinho e Daniel Alves. Homem se preocupa com cada coisa...