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sábado, 28 de maio de 2011

Bem-vindos ao Sabidão FC

Neste ano em que completo 25 anos de jornalismo, resolvi me dar a chance de um reinício para fazer o que gosto, sem deixar de fazer o que aprendi a gostar.
Explicando melhor, nunca tive dúvidas da profissão que iria escolher. Já havia tomado a decisão quando tinha de 11 para 12 anos. Numa gravação em fita K-7, “entrevistado” por meu pai, respondi com voz de taquara rachada que seria jornalista esportivo e que trabalharia no rádio, que ele mesmo havia me ensinado a ouvir e amar.
Dois anos depois, um teste vocacional feito na 8ª série confirmou que eu dificilmente saberia fazer outra coisa na vida. Pelo resultado, as áreas mais indicadas, pela ordem, foram: Comunicação, Ciências Sociais e Persuasão. Entendi o primeiro item, fiquei em dúvida quanto ao segundo e fiz cara de paisagem ao ouvir o terceiro pela primeira vez em 14 anos de existência.
Minha avaliadora explicou que, além do jornalismo, eu poderia me dedicar às áreas de sociologia e história. Depois, perdi a vergonha e perguntei o que era a tal palavra esquisita. Para não correr riscos, também quis saber como se pronunciava aquilo. Soube, então, que era a capacidade de convencer as pessoas. Continuei boiando até ela me apontar algumas profissões, como advogado, diplomata, político, professor, publicitário... Mas fiquei feliz mesmo quando minha interlocutora disse que jornalista também se encaixava nessa característica.
Entrei na Faculdade de Jornalismo com quase 18 anos e comecei a trabalhar na área aos 22. A primeira oportunidade, logo de cara, foi de fazer rádio e jornal no Diário de Mogi. Nada de editoria de esportes, mas topei. Passei pelo Diário de Suzano e voltei ao Diário de Mogi. Nada de esportes também. Fui para a Excelsior, que depois virou CBN. E nada de esportes. Depois para a Bandeirantes. Esportes? Nada.
Fui redator, repórter, editor, apresentador, chefe. E nada de esportes. Mas não tenho do que reclamar porque sempre gostei de tudo que fiz, mesmo não sendo nada de esportes. Não posso me considerar frustrado, muito pelo contrário. Cheguei a participar no apoio a algumas coberturas de finais de campeonatos na CBN, na Rádio Globo e na Bandeirantes.
Nos programas que apresentei ao longo desses 25 anos, sempre falei de esportes em meio aos outros temas. Minha assumida condição de palmeirense nunca atrapalhou a interação com ouvintes de todas as torcidas. Respeito e bom humor sempre fizeram parte dessa relação, dos dois lados.   
Mas agora, sem abandonar o caminho para o qual a carreira me levou e que aprendi a gostar, resolvi fazer um pouquinho do que sempre gostei. Vou falar de futebol e outros esportes neste espaço sem a pretensão de ser uma autoridade no assunto.
Não tenho adjetivos para definir o que vou fazer. Não prometo ser “diferente”. Não sei se isso no futuro vai me levar para um novo caminho profissional. Só quero comentar, informar, brincar e, principalmente, interagir. A avaliação desse trabalho, com ou sem rótulos, cabe a quem estiver aí, “do outro lado”.
E uma última explicação: o nome “Sabidão FC” é uma ironia comigo mesmo e com a crítica frequentemente ouvida de que comentaristas esportivos têm explicação para tudo só depois do que acontece. Quem já me acompanha vai entender que é uma espécie de autocrítica bem-humorada, mas sem perder a seriedade. Entendo que só existem duas formas de fazer rádio. Uma delas é respeitando a inteligência do ouvinte. A outra? Não preciso dizer. Vou manter esse objetivo aqui. Então, vamos nos falar neste espaço também.

6 comentários:

  1. Sei que vai ser mais um gol de placa, parabéns. Serei sua leitora assídua com certeza!rs bjoka:)Nilza.

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  2. Opa, boa sorte! Vou acompanhar.

    Ah, ficaram muito boas "as cores" do blog (lembra-se da minha "crítica" ao verde forte do outro? rss)

    Abraço, @jorgefsantosjr

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  3. Cá estou ! Boa sorte amigo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  4. Mais uma vez estaremos ao seu lado, companheiro. Em 2011 completo também 25 anos de estrada, passando por instituições, jornalões, academia, espaços colaborativos e outros nem tanto. Curiosamente foi também um gravador que me indicou o caminho, aos 7 anos de idade. Daqueles, enormes e bem pesados, da Aiko, se bem me lembro. Vamos à luta, quem sabe ainda brindamos essa data com boas risadas e amigos por perto... Grande abraço!

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  5. Parabéns, Haisem!
    Uma grande atitude.
    Também persegui um sonho em rádio esportivo que acabou não dando certo apesar dos anos de aprendizado "na latinha", mas quem sabe!

    Um grande abraço e mais sucesso!
    Guilherme
    @Guiev

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  6. Haisem,

    Não entendo nada e só acompanho o futebol por pura obrigação profissional já que no Sete temos, como não poderia deixar de ser, uma editoria de Esportes, mas por admiração a vc e ao seu trabalho, vou sapiar seu blog, ok? Parabéns pela ideia, pelo nome e por tudo que deve vir por aí.
    beijo grande
    Vanice

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