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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A hora do sabão


O Palmeiras vai ter alguns treinos fechados até o jogo contra o Flamengo, que foi adiado para a próxima quarta-feira. Os resultados de tanto mistério poderão ser conferidos em breve. Não necessariamente com táticas inovadoras, jogadas ensaiadas, variações para surpreender o adversário ou novidades na escalação.
Os treinos fechados serão decisivos para uma atividade muito mais importante, chamada nos meios futebolísticos de “lavagem de roupa suja”. O procedimento é muito bom para limpar, torcer, enxaguar e centrifugar certas crises. O técnico Felipão já demonstrou em outras situações esse talento de “lava roupa todo dia, que agonia”. Cabe a ele, de novo, comandar a operação depois do amontoado de roupa suja do caso Kleber.
Falando em comandar, talvez seja o caso de aproveitar a lavanderia para uma reflexão enquanto a roupa seca no varal. Depois de todo o rolo, com o jogador e a diretoria do clube competindo para ver quem se sujava mais com molho de macarrão, ainda há clima para Kleber seguir defendendo o time? E se continuar, ele estaria apto a ser mantido como capitão?
Marcos Assunção, que é o “segundo capitão”, já deu a entender que não. Ele disse que os problemas devem ser resolvidos internamente, cara a cara. E ainda soltou um “homem é assim”.
Melhor seria se a braçadeira voltasse para Marcos, uma solução menos sujeita a contestações. Afinal, capitão não é só aquele que escolhe um dos lados da moedinha antes do jogo começar.
Os treinos fechados do Palmeiras vão mostrar se os jogadores estarão fechados mesmo em torno de algum objetivo. É bom reforçar o estoque de sabão em pó.

terça-feira, 12 de julho de 2011

"Gladiador 2", queimando o filme

Está em cartaz no Cine Palmeiras o filme “Gladiador 2”. A história tem início no reinado de Gonzagus Belluzzus. O grande imperador traz o general-atacante Kleberus Gladiador para ser o comandante das batalhas contra impiedosos adversários.
Ele é recebido com uma grande festa e chega num belo cavalo verde de quatro rodas. Mas o reinado de Gonzagus Belluzzus termina e Arnaldus Tironius assume o trono.
Com o passar do tempo, Kleberus Gladiador descobre que Magus Valdivius e Cabeludus Lincolnus ganham mais do que ele e sente-se traído. O combinado era que o general só teria lucros inferiores aos do guardião Marcus, um santo do reino. Na mesma época, o Império Flamengus tenta seduzi-lo com propostas tentadoras.
Começa então uma terrível batalha. De um lado, Kleberus Gladiador diz que quer ficar, mas pede para ser valorizado. De outro, Arnaldus Tironius e seu vice-rei Robertus Frizzus alternam caras de sim e de não.
Para piorar a situação, Kleberus Gladiador descobre que além da dor no bolso tem também uma dor na coxa. É o sinal de mais uma disputa, desta vez entre o general-atacante e o Departamentus Medicus do reino.
O final da história é imprevisível, mas quem assiste fica com cara de tontus e com a sensação de que todos estão mentindus. Ave!

sábado, 9 de julho de 2011

Seleção Medonha

Da crônica esportiva ao torcedor mais desinteressado, todos sempre pregaram que o futebol brasileiro impõe respeito e desperta medo nos adversários. Era só aparecer algum time mais ousado que logo algum comentarista dizia que não se podia jogar daquele jeito contra a Seleção. E quando a Canarinho reagia era a satisfação geral da turma do “eu não disse?”, como se a outra equipe estivesse pagando o preço pela “afronta”.
Já faz tempo que o tempo se encarregou de desmentir isso e teve gente que demorou pra perceber e que até insiste na ladainha. Não é um empatezinho no final e nem uma reviravolta com o título da Copa América que vão tirar nosso futebol da nova realidade. Os adversários perderam o medo do Brasil. E que bom que isso aconteceu!
O Paraguai não tem medo do Brasil e merecia a vitória neste sábado. A Argentina não tem medo, o Uruguai também não, nem o Chile... Ninguém precisa ter medo do Brasil mais. Nem a Venezuela! O futebol se globalizou e se banalizou.
Então, o Brasil, sim, é que precisa ter medo do Brasil. Medo do Brasil que se julga superior e que vai resolver o jogo quando quiser. Ainda bem que a TV, pelo menos, mostrou imagens da Larissa Riquelme no estádio. Placar “moral”: 3 a 2 para o Paraguai!

domingo, 3 de julho de 2011

Seleção Beleza

Finalmente tivemos a chance de ver uma apresentação digna do futebol brasileiro. Nossa Seleção demonstrou atitude e teve rapidez no raciocínio e nas ações. O time foi muito ofensivo, principalmente no segundo tempo.
Foi uma atuação envolvente, que engoliu o adversário em todos os setores do gramado. As trocas de passes foram perfeitas, demonstrando segurança e autoridade.
A ligação entre o meio e o ataque foi eficiente e resultou em vários lances de perigo. Os dribles eram sempre objetivos e em direção ao gol, sem exageros ou firulas.
Praticamente não corremos riscos em nenhum momento. A defesa, quando exigida, também demonstrou precisão e não se intimidou, atuando com muita seriedade.
Parecia jogo de Copa do Mundo. E não é que era mesmo? Brasil 3 x 0 Noruega. Classificação garantida para a próxima fase da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na Alemanha.
Parece que houve outra partidinha neste domingo. Ah, sim, foi a do nosso time masculino, que não saiu do zero a zero contra a Venezuela pela Copa América. O que mais chamou a atenção no jogo foram os penteados de Neymar, Robinho e Daniel Alves. Homem se preocupa com cada coisa...

terça-feira, 28 de junho de 2011

O estádio, ainda sem massa

O debate sobre a concessão de incentivos fiscais para a construção do estádio do Corinthians em Itaquera tem levado muitos jornalistas à Câmara Municipal de São Paulo nos últimos dias. Só que apesar da polêmica que envolve o tema, a massa ainda não apareceu.
Na última sexta-feira, dia da primeira audiência pública para discutir a proposta do prefeito Gilberto Kassab, as galerias reservadas para torcedores organizados ficaram vazias.
Nesta terça-feira, houve um novo embate na Comissão de Constituição e Justiça, mas é um tipo de discussão que não mexe com a massa. A sessão foi suspensa duas vezes e encerrada após a elevação no tom de voz de vereadores contrários e favoráveis aos incentivos de até 420 milhões de reais.
A decisão foi adiada de novo por causa de um pedido de vista do vereador Adilson Amadeu, do PTB, que é contra a concessão. Ele mesmo já admite que o texto será aprovado com 45 a 49 votos quando for ao plenário.
O vereador Aurélio Miguel, do PR, já pensa em ir à Justiça após a anunciada goleada. Ele considera o projeto ilegal, alegando tratar-se de benefício a um clube e a uma empresa privada.
O vereador José Américo, do PT, é o relator e pensa diferente. Ele vai votar pela legalidade e diz que a iniciativa vai atrair investimentos e gerar empregos na zona leste.
A primeira das duas votações em plenário pode acontecer nesta quarta ou na quinta-feira. Talvez aí apareçam integrantes da massa. A pressão com respeito e transparência é legitima, ainda que seja feita por torcedores profissionais. O presidente do Corinthians já pôs a mão na massa e parece resumir a complexa discussão a “querer ou não querer” a abertura da Copa aqui e a “gostar ou não gostar” de São Paulo. Não dá pra negar que Andrés Sanchez é competente nisso e sabe jogar para a torcida. É massa!

domingo, 26 de junho de 2011

Definitivo, pelo menos por enquanto

A semana futebolística termina recheada de constatações muito duradouras, de 90 minutos e mais alguns de acréscimo. Todos nós já ouvimos, dissemos ou simplesmente repetimos frases “definitivas”.
Muricy é bom em campeonatos por pontos corridos, mas ruim de mata-mata. Ele acaba de eliminar essa marca à frente do Santos, pelo menos até o próximo mata-mata.
Carpegiani passou de quase demitido a arrumador do invencível São Paulo. Perdeu a primeira de goleada para o Corinthians e continua no cargo, pelo menos até sabe Deus quando.
Tite já foi chamado de “empatite” e teve o nome pichado com palavrões nos muros do Corinthians. Goleou o São Paulo e caiu nas graças da torcida, que será fiel a ele pelo menos até o próximo tropeço.
O contestado Luan foi mantido como titular e virou artilheiro do Brasileirão. O Palmeiras perdeu o primeiro jogo para o Ceará, mas o “Meteoro do Felipão”, suspenso pelo terceiro amarelo, continua invicto, pelo menos até...
Falando em São Paulo e Palmeiras, a maior alegria do ano, pelo menos por enquanto, foi o Tolima eliminar o Corinthians da Libertadores. Ah, os são-paulinos também puderam comemorar o centésimo gol de Rogério Ceni, mas, pelo menos por enquanto, ele está chateado com os cinco que levou neste domingo.
Vamos relaxar, gente! O futebol não teria graça sem o por enquanto.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O ovo, a galinha e o estádio

O Corinthians já saiu na frente na disputa por incentivos fiscais para a construção do estádio de Itaquera. Foi num embate de quatro horas, durante a primeira audiência pública realizada pela Câmara Municipal de São Paulo para discutir o projeto do prefeito Gilberto Kassab.
Dos nove vereadores presentes, sete declararam apoio à proposta e dois anunciaram que vão votar contra. Se for mantida essa proporção quando o tema for ao plenário, o projeto terá a aprovação de mais de 40 parlamentares dos 55 que compõem o Legislativo. Até mesmo os vereadores que condenam a iniciativa da Prefeitura já admitem a goleada.
Nesta sexta-feira, o plenário ficou cheio de moradores e representantes de entidades da zona leste, entre eles crianças e adolescentes atendidos pela Obra Social Dom Bosco, do padre Rosalvino Viñayo. Ele disse que gostaria que os vereadores contrários à proposta fossem à região para explicar a posição cara a cara à população.
O debate entre 28 cidadãos que foram ao microfone, os vereadores e o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra, embolou quando a discussão entrou por assuntos como saúde, educação e sistema viário da zona leste.
De um lado, ficaram os que defendem tais investimentos antes do estádio. Do outro, os que julgam que o estádio vai ajudar a alavancar esses investimentos. Nesse ponto deu empate: ninguém convenceu ninguém no jogo para saber se primeiro vem o ovo ou a galinha, mas todos concordaram que ambos são importantes. Seja como for, o tempo para chocar é curto. Para tentar fazer a Fifa aprovar a abertura da Copa em São Paulo, o projeto com incentivos fiscais de até 420 milhões de reais para a construção do estádio precisa sair da casca em menos de vinte dias.